Jornada

Produção Cultural Negra

Em parceria com o Festival Latinidades, maior festival de mulheres negras da América Latina, visando à expansão do público alcançado, a Universidade Afrolatinas apresenta sua Jornada de Produção Cultural Negra, presencial durante o Festival Latinidades Brasília.

Professores: Michelle Cano, Rita Teles, Edmilia Barros, Joyce Cursino, Luciana Adão, Michelly Mury, Ana GB, Ciça Pereira, Nilma Bentes, Beth de Oxum, Carla Akotirene, Janaina Costa, Senhorita Bira e Matilde Ribeiro

06/07/2023 à 09/07/2023

PROGRAMAÇÃO

Essa jornada será presencial dentro do Festival Latinidades em Brasília-DF, para mais informações e inscrição clique no link de cada atividade que deseja realizar.

Dia 1: 06/07/2023 – Museu Nacional da República, Anexo II.

Aula: Produção Executiva de Festivais com Michelle Cano, de 10h às 12h.

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Aula sobre como os festivais estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil e em todo mundo, assim, nos deparamos com estruturas maiores e melhores, experiências cada vez mais impactantes. Produtoras e produtores encaram cenários cada vez mais desafiadores para colocar seu projeto na rua e precisam se debruçar com atenção a todas as etapas de seu desenvolvimento como planejamento, divulgação, treinamento de sua equipe e todos os pormenores envolvidos no mundo da produção executiva.

Michelle Cano
Produtora executiva do Festival COMA e coordenadora administrativa e financeira da Revista Traços. Já foi produtora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Coordenadora Geral do Festival Porão do Rock, além de colecionar experiências em grandes eventos internacionais como Supervisora de Logística da Copa do Mundo FIFA 2014. Em sua exposição, Michelle irá trazer os diversos aspectos necessários para uma produção executiva eficiente.

Aula: Produção de bandas/artistas com Ana GB, de 14h às 16h.

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Aula sobre a produção de bandas/artistas é importante e necessária tanto para uma carreira em ascensão, quanto para uma carreira já estabelecida, sendo assim, escutar mulheres negras inspiradoras como Ana GB, que possui uma vasta experiência, será um dos pontos-chave da Jornada em Produção Cultural.

Ana GB
Relações-públicas, produtora executiva, consultora e mentora de/para artistas independentes. Cofundadora da Amores Sonoros. Empresária e assessora de Yan Cloud. Produtora artística do grupo ÀTTØØXXÁ. Produtora do Festival Afropunk Bahia.

Aula: Empresariamento artístico com Ciça Pereira – Zeferina Produções, de 16h30 às 18h30.

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Nesta aula serão aprofundados os conhecimentos sobre o empresariamento de artistas, essencial para quem deseja adentrar neste mercado de trabalho. Além das funções de empresariamento, a importância de um networking e capacidade de mobilização são aspectos diferenciais importantes para uma carreira potente.

Ciça Pereira
Gestora em políticas públicas formada pela USP, pesquisadora, empreendedora e uma das fundadoras da Zeferina Produções, produtora focada em impacto sociocultural, atuante em projetos e ações nas áreas da música, artes visuais e demais linguagens artísticas, gerencia carreiras e faz representação comercial de artistas. Ela também é uma das idealizadoras da plataforma Afrotrampos, uma Startup de ação afirmativa que conecta pessoas em prol da equidade racial no mercado de trabalho.

Dia 2: 07/07/2023 – Museu Nacional da República , Anexo II.

Aula Magna: O algoritmo da imagem e a indústria cultural, com Senhorita Bira, de 14h às 15h.

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Nesta aula magna, apresentar a como a análise semiótica e sociológica impacta a indústria
cultural.

Senhorita Bira
Bira (@senhoritabira) tem como campos de estudo as políticas públicas, as ciências humanas
e a pedagogia. Sua alma mater é a Universidade Federal do ABC. Desde 2020, faz vídeos com análises semióticas e sociológicas sobre políticos, empresas e celebridades no canal O Algoritmo da Imagem.

Bate papo: Produtoras Negras – Quem cuida de quem produz? com Rita Teles, de 15h às 17h.

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Esta aula aborda maneiras de autocuidado e cuidado com a equipe. Afinal, se produção é cuidar, quem cuida de quem produz?

Rita Teles
Mulher preta, descendente de afro-mineiros, é Atriz, Investigadora de Corporeidades Pretas, Produtora Cultural de artes negras de afro-brasileiros e africanos em diáspora, Arte Educadora, Artista e Articuladora de Micropolíticas. Iniciou no teatro em 2002, quando ainda atuava no mundo corporativo. Formada em Ciências Contábeis pela Universidade São Judas Tadeu. Por 15 anos desenvolveu carreira na área de controladoria e contabilidade.

Edmilia Barros
Da multiculturalidade do Recôncavo Baiano, onde nasci, à criatividade do Subúrbio de Salvador, onde me criei, trago em minhas origens a vontade de fazer acontecer e a paixão pela música. Trajetória que me levou a trabalhar com produção cultural em 2010 e onde continuei atuando na coordenação e produção executiva de festivais, eventos e junto a artistas baianos, nas mais diversas linguagens culturais: música, dança, teatro, literatura. Tenho formação em turismo e especialização em comunicação integrada às redes sociais, além de ser fluente em inglês. Habilidades que integro no cotidiano da produção cultural.

Joyce Cursino
Produtora cultural, jornalista, atriz e cineasta independente. Fundadora e Diretora Executiva da Negritar Filmes e Produções, que é uma produtora de impacto socioambiental composta por pessoas pretas; Idealizadora e coordenadora do projeto de democratização do acesso ao cinema nas periferias e comunidades tradicionais da Amazônia,o Telas em Movimento; Co-fundadora da casa coletiva e colaborativa de fomento à cultura, Casa Samaúma, e Conselheira pela Coalizão pelo impacto em Belém.

Luciana Adão
Coordenadora de Patrocínios Culturais Incentivados do Oi Futuro, onde gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, desenvolve estratégias de alinhamento de marca às pautas ESG, parcerias institucionais e estrutura novos programas e editais em âmbito nacional e internacional.

Mediação

Michelly Mury
Mulher negra, nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de formada em publicidade, a música sempre foi um fio condutor da minha história profissional e de certa forma, uma bússola na minha vida em direção a minha própria identidade. Há mais de vinte anos atuo à frente de projetos com um olhar plural e diverso, dentro e fora do Brasil. Em meus campos de atuação destacam-se a curadoria musical, a direção artística e a direção criativa de projetos culturais.

Dia 3: 08/07/2023 no – Museu Nacional da República , Anexo II.

Oficina: “Saberes populares e acadêmicos de mulheres negras”, com Matilde Ribeiro, de 15h às 17h30.

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A oficina tem como ponto de partida o livro “Mulheres Negras em Movimento”, publicado e lançado em 2022 pela Nova Práxis Editorial.

É necessária a valorização da demonstração do que constroem as lideranças, personalidades, estudiosas e organizações de mulheres negras no período contemporâneo. Mesmo vivenciando impedimentos e barreiras sociais, econômicas, culturais e políticas as mulheres negras não deixam de desfrutar das possibilidades de articulação entre os saberes populares, intelectuais e acadêmicos. Vivenciar individual ou coletivamente as questões políticas, com base no feminismo negro, é sempre um grandioso desafio.

Matilde Ribeiro
É Doutora em Serviço Social. Recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Fundação Universidade Federal do ABC (UFABC). Professora no Instituto de Humanidades/Área de Pedagogia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) em Redenção/Ceará e coordenadora do Grupo AMANDLA – estudo, pesquisa e extensão sobre políticas públicas de raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade. Ex-Ministra da Secretaria Especial de Política Promoção da Igualdade Racial (Governo Lula 2003/8).

Dia 4: lê Asè Oya Bagan, Núcleo Rural Tamanduá.


Almoço
às 12h.

Aberto ao público

Gira de conversa: Bem Viver Ubuntu, 15h às 17h.

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Esta roda de conversa é um convite à apreciação do Bem Viver como um presente dos antepassados, mas também como uma prática do presente. Será uma oportunidade de ouvir lideranças femininas do pensamento negro contemporâneo sobre o caminho para acessar esta prática de felicidade e autodefesa coletiva. O que dizem a filosofia das ruas, dos rios, a retomada acadêmica e o legado ancestral sobre o que é Bem-Viver, hoje?

Convidadas

Nilma Bentes
Engenheira Agrônoma, ativista negra, propositora da Marcha das Mulheres Negras (2015), uma das fundadoras do Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará), afiliado à Rede Fulanas NAB – Negras da Amazônia Brasileira; à AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras; à Coalizão Negra por Direitos.

Beth de Oxum
Mãe Beth de Oxum é Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana, com mais de 30 anos de atuação em Olinda. Há 22 anos, fundou a sambada de Coco no bairro do Guadalupe junto com seus filhos e seu companheiro, o músico Quinho Caetés. O Coco de Umbigada acontece mensalmente e é um importante movimento de valorização da cultura popular nordestina. Também é fundadora do Afoxé Filhos de Oxum, um dos primeiros a incluir mulheres na percussão.

Carla Akotirene
Carla Akotirene, nascida Carla Adriana da Silva Santos é uma militante, pesquisadora, autora e colunista no tema feminismo negro no Brasil. Carla é professora assistente na Universidade Federal da Bahia, e frequentemente citada pela sua investigação sobre interseccionalidade.

Mediação

Janaina Costa
Janaína Costa é natural do Quilombo do Macuco, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Possui graduação em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (2018). Mestra em História pela Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá (2022) com tema de pesquisa centrado na discussão do trabalho doméstico a partir do cotidiano de trabalhadoras domésticas brasileiras. Desenvolve o podcast Quadro de Empregada. É ativista e produtora de conteúdo com o perfil Ela é só a babá, no Instagram.

Show de encerramento com Dona Martinha do Coco, às 19h.

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Martinha do Coco
Marta Leonardo, conhecida como Martinha do Coco, 61 anos, é um dos principais nomes do carnaval de Brasília. Sim, Brasília também tem carnaval. Moradora do Paranoá há 30 anos, ela nasceu em Olinda (PE), de onde migrou com sua família. Trabalhou desde então como empregada doméstica para ajudar no sustento da casa.