Jornada

Produção Cultural

Em parceria com o Festival Latinidades, maior festival de mulheres negras da América Latina, visando à expansão do público alcançado, a Universidade Afrolatinas apresenta sua Jornada em Produção Cultural Negra de maneira híbrida, gravada entre os dias 06, 07 e 08 de Julho no Museu Nacional da Repúblicas e no dia 09 de julho de 2023 no Ilê Asè Oyá Bagan. 

Professores: Michelle Cano, Ana GB, Ciça Pereira, Senhorita Bira, Rita Teles, Edmilia Barros, Joyce Cursino, Luciana Adão, Michelly Mury, Matilde Ribeiro, Nilma Bentes, Mãe Beth de Oxum, Carla Akotirene e Janaina Costa.

03/08/2023 à 25/08/2023

Sobre a equipe docente

Ana GB
É Relações-públicas, produtora executiva, consultora e mentora de/para artistas independentes. Cofundadora da Amores Sonoros. Empresária e assessora de Yan Cloud. Produtora artística do grupo ÀTTØØXXÁ. Produtora do Festival Afropunk Bahia.

Carla Akotirene
Nascida Carla Adriana da Silva Santos é uma militante, pesquisadora, autora e colunista no tema feminismo negro no Brasil. Carla é professora assistente na Universidade Federal da Bahia, e frequentemente citada pela sua investigação sobre interseccionalidade.

Ciça Pereira
É gestora em políticas públicas formada pela USP, pesquisadora, empreendedora e uma das fundadoras da Zeferina Produções, produtora focada em impacto sociocultural, atuante em projetos e ações nas áreas da música, artes visuais e demais linguagens artísticas, gerencia carreiras e faz representação comercial de artistas. Ela também é uma das idealizadoras da plataforma Afrotrampos, uma Startup de ação afirmativa que conecta pessoas em prol da equidade racial no mercado de trabalho.

Edmilia Barros
Da multiculturalidade do Recôncavo Baiano, onde nasceu, à criatividade do Subúrbio de Salvador, onde se criou, traz em suas origens a vontade de fazer acontecer e a paixão pela música. Trajetória que a levou a trabalhar com produção cultural em 2010 e onde continuou atuando na coordenação e produção executiva de festivais, eventos e junto a artistas baianos, nas mais diversas linguagens culturais: música, dança, teatro, literatura. Na música, trabalhou na produção local de importantes artistas nacionais como Mateus Aleluia, Larissa Luz, Móveis Coloniais de Acaju, Bia Ferreira e Doralyce, faz parte da equipe de produção de Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, além de produzir os artistas: Bruna Barreto, Ivan Sacerdote, Gabi Guedes e os grupos Pradarrum e Sertanília. Foi indicada ao Prêmio Caymmi de Música na categoria de melhor produção com o show “Odisséia Baiana” de Filipe Lorenzo. Tem formação em turismo e especialização em comunicação integrada às redes sociais, além de ser fluente em inglês. Habilidades que integra no cotidiano da produção cultural.

Janaína Costa
É natural do Quilombo do Macuco, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Possui graduação em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (2018). Mestra em História pela Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá (2022) com tema de pesquisa centrado na discussão do trabalho doméstico a partir do cotidiano de trabalhadoras domésticas brasileiras. Desenvolve o podcast Quadro de Empregada. É ativista e produtora de conteúdo com o perfil Ela é só a babá, no Instagram.

Joyce Cursino
É produtora cultural, jornalista, atriz e cineasta independente. Fundadora e Diretora Executiva da Negritar Filmes e Produções, que é uma produtora de impacto socioambiental composta por pessoas pretas; Idealizadora e coordenadora do projeto de democratização do acesso ao cinema nas periferias e comunidades tradicionais da Amazônia, o Telas em Movimento; Co-fundadora da casa coletiva e colaborativa de fomento à cultura, Casa Samaúma, e Conselheira pela Coalizão pelo impacto em Belém.

Luciana Adão
Coordenadora de Patrocínios Culturais Incentivados do Oi Futuro, onde gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, desenvolve estratégias de alinhamento de marca às pautas ESG, parcerias institucionais e estrutura novos programas e editais em âmbito nacional e internacional. Atua há mais de 15 anos nas esferas pública e privada na formulação de parcerias estratégicas e políticas culturais, gestão de equipamentos culturais e desenvolvimento de programas de fomento à cultura. No biênio 2013-2015 foi Coordenadora de Equipamentos Culturais e subsecretária substituta da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, responsável pela reestruturação administrativa, gestão e qualificação dos espaços municipais e pela formulação e desenvolvimento do programa de fomento olímpico da cultura da cidade do Rio de Janeiro. É mestranda em Economia e Política da Cultura e Indústrias Criativas pela UFRGS/Itaú Cultural, especialista em Gestão da Cultura, Gerenciamento de Projetos – metodologia PMI e produtora cultural graduada pela Universidade Federal Fluminense. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

Mãe Beth de Oxum
É Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana, com mais de 30 anos de atuação em Olinda. Há 22 anos, fundou a sambada de Coco no bairro do Guadalupe junto com seus filhos e seu companheiro, o músico Quinho Caetés. O Coco de Umbigada acontece mensalmente e é um importante movimento de valorização da cultura popular nordestina. Também é fundadora do Afoxé Filhos de Oxum, um dos primeiros a incluir mulheres na percussão. Sempre atuando na luta contra o racismo, contra o preconceito religioso de matriz africana e pela democratização da comunicação. Como percussionista, durante quase dez anos percorreu o Brasil e o mundo, tocando nas bandas de Lia de Itamaracá e Selma do Coco. É criadora do Cineclube Macaíba, que promove exibições com sentimento de pertencimento com a cultura popular. Compõem o Coletivo Mídia Livrista Nordeste Livre, que criou a Rádio Amnésia, rádio comunitária do ponto de cultura Coco de Umbigada que funciona na sua casa no Beco da Macaíba. Em 2015, Mãe Beth recebeu a comenda da Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, ordem honorífica dada a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecer suas contribuições à cultura do Brasil. Em 2017, realizou uma turnê internacional, ‘Tá na hora do pau comer’, que passou por Berlim, Viena, Frankfurt, Berna e Zurick. O Coco de Umbigada garantiu sucesso de público e crítica na Europa.

Matilde Ribeiro
É Doutora em Serviço Social. Recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Fundação Universidade Federal do ABC (UFABC). Professora no Instituto de Humanidades/Área de Pedagogia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) em Redenção/Ceará e coordenadora do Grupo AMANDLA – estudo, pesquisa e extensão sobre políticas públicas de raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade. Ex-Ministra da Secretaria Especial de Política Promoção da Igualdade Racial (Governo Lula 2003/8).

Michelle Cano
É produtora executiva do Festival COMA e Coordenadora administrativa e financeira da Revista Traços. Já foi produtora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Coordenadora Geral do Festival Porão do Rock, além de colecionar experiências em grandes eventos internacionais como Supervisora de Logística da Copa do Mundo FIFA 2014. Em sua exposição, Michelle irá trazer os diversos aspectos necessários para uma produção executiva eficiente.

Michelly Mury
É uma mulher negra, nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de formada em publicidade, a música sempre foi um fio condutor de sua história profissional e de certa forma, uma bússola em sua vida em direção a minha própria identidade. Há mais de vinte anos atua à frente de projetos com um olhar plural e diverso, dentro e fora do Brasil. Em seus campos de atuação destacam-se a curadoria musical, a direção artística e a direção criativa de projetos culturais. Atuou na equipe de Programação Artística do Centro Cultural Fundição Progresso, na Lapa, no Rio de Janeiro, de 2003 a 2011. Foi Coordenadora Artística da Casa Natura Musical equipamento cultural em São Paulo, de 2016 a 2022. Faz parte do time de educadores do projeto “Sementes – Caminhos para uma produção mais diversa”, que oferece capacitação em produção e gestão cultural para artistas e produtores não-brancos de maneira gratuita e acessível. Também faz parte do Conselho Consultivo da SIM SP e do time de embaixadoras do WME e atua como curadora de projetos das agências Lemme, Atenas e Cely.

Nilma Bentes
Engenheira Agrônoma, ativista negra, propositora da Marcha das Mulheres Negras (2015), uma das fundadoras do Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará) , afiliado à Rede Fulanas NAB – Negras da Amazônia Brasileira; à AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras; à Coalizão Negra por Direitos.

Rita Teles
Mulher preta, descendente de afro-mineiros, é Atriz, Investigadora de Corporeidades Pretas, Produtora Cultural de artes negras de afro-brasileiros e africanos em diáspora, Arte Educadora, Artvista e Articuladora de Micropolíticas. Iniciou no teatro em 2002, quando ainda atuava no mundo corporativo. Formada em Ciências Contábeis pela Universidade São Judas Tadeu. Por 15 anos desenvolveu carreira na área de controladoria e contabilidade. Através do teatro, migrou definitivamente para a Cultura em 2013, depois de graduar-se em Educação artística, com habilitação em Artes Cênicas, pela Universidade São Judas Tadeu. É fundadora da Núcleo Coletivo das Artes Produções, idealizadora, co-fundadora, pesquisadora e atriz da “Cia Colhendo Contos e Diáspora Negra” desde 2016. Compõe a plataforma Afrikanse como co-criadora e produtora desde 2017. No bando Macuas Cia Cênica atua como pesquisadora-intérprete e produtora. Atualmente colabora no Instituto Tebas de Educação e Cultura como coordenadora de relações institucionais e no Sated SP como vice-presidenta.

Senhorita Bira
Tem como campos de estudo as políticas públicas, as ciências humanas e a pedagogia. Sua alma mater é a Universidade Federal do ABC. Desde 2020, faz vídeos com análises semióticas e sociológicas sobre políticos, empresas e celebridades no canal O Algoritmo da Imagem.